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terça-feira, 30 de junho de 2009

FILHOTE COM 8 DIAS

Hoje completa 8 dias que os carneirinhos nasceram e eles continuam vivos, um desenvolvendo mais que o outro. Na verdade isto está acontecendo por que não fiz a opção de alimentá-los com leite de vaca, pois, íamos ter muito trabalho e a ovelha definitivamente abandonaria o filhote. Ainda temos muito trabalho para não perder este borrego.
Fizemos um cercado para ovelha no meio do aprisco e colocamos um cocho para alimentá-la mais vezes. Estamos completando a alimentação com milho moído, capim, pés de milho passado na forrageira, sorgo e folha de palma. A esperança e que o leite aumente. A ovelha mãe continua dando marradas. O filhote roubar o leite na hora em que o outro mama. É um desafio que está me deixando satisfeito pelo fato de recuperar este carneirinho. Não existe explicação para o fato da ovelha rejeitar filhos, principalmente quando nasce mais de um. Pode ser por deficiência de alimento, doença na mãe, filhote muito fraco. Espero conseguir. Sei que carinho com os animais faz um pouco de diferença. Também aprendemos a ter paciência. É importante continuar observando o comportamento dos animais e aprender como lidar com eles para poder ter um bom resultado.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

CARNEIRO REJEITADO

No dia 23 uma ovelha pariu dois cordeiros por volta das 2 horas da manhã. No outro dia Antonio me avisou e fui -los, percebi que a ovelha e um borrego estava aparentemente bem. O outro estava berrando. Quando se aproximou da ovelha ela dava marrada tentando afastar. Percebi que ela tinha rejeitado o borrego marron, que mais parecia com a mãe, e aparentemente estava mais fraco. Lembrei de um caso que Ademar me contou como o pai dele fazia para que a ovelha aceitasse o cordeiro. Amarra-la, deixando sem comida e agua ate a completa aceitação. Pensei em fazer algum coisa para que o borrego não fosse sacrificado pelo destino. Pedi a Antonio que providenciasse uma corda e iniciamos a operação "salvar borrego rejeitado". Não tinha ideia do que iríamos ter pela frente. Inicialmente forçamos o borrego a mamar na ovelha que relutava em não deixar o borrego marron encostar. Nos dois fizemos varias tentativas até encontrar uma maneira apropriada para o borrego, que foi deixa-la amarrada, segurar uma pata levantada para que a ovelha só se apoiasse em três patas não tendo condições de ficar mexendo. Fizemos isto o dia inteiro. A cada hora íamos dar de mamar ao borrego. No outro dia a ovelha já estava mais acostumada com o carneirinho que sempre estava a seguir a mãe e que também aproveitava quando o outro ia mamar para mamar na outra teta. No terceiro dia a ovelha estava mais cismada e dando marradas mais forte. Pedi a Antonio que continuasse a dar a mama ao borrego mesmo com esta rejeição.
Amanha de manha vou saber o que devo fazer. Como o carneirinho mamou o colostro nos três primeiro dias talvez faça a opção por leite de vaca para não sacrificar o outro carneiro escolhido pela ovelha.

domingo, 21 de junho de 2009

SUSTENTABILIDADE NO SEMI-ÁRIDO

Quando se fala em sustentabilidade a impressão é que em qualquer lugar teremos as mesmas condições para mantermos as nossas atividades. Nas roças basta plantar, preservar, não destruir que teremos uma atividade sustentavel. Não é bem assim. O clima em cada região do pais é bem característico em função de estar perto ou próximo ao mar, ter ou não rios em suas bacias, ou mesmo estar próximo a este rio e se ele é perene ou temporário.
Na região de Irece, composta de 20 municípios que compõe o território de Irece é época de seca e vai prolongar ate o mês de novembro, não haverá chuva e a pouca que cair não terá finalidade de plantio. Nesta época só se planta com ajuda de irrigação. E sequeiro, que é o plantio que se faz em função das chuvas, só produz mamona, mandioca, capim e palma. O resto do ano é para cuidar da roça, consertar cerca, fazer destoca, esperar o novo ano. O agricultor que tem gado, ovelha e galinha tem atividade o ano todo. Neste segundo semestre se preocupa com o pasto dos animais e o milho das galinhas. Mel quem têm, colhe-se antes da semana santa. Quem não produziu muita coisa vai passar um mal pedaço. Se o ano anterior foi ruim nem se fala, é ruindade até doer. A esperança é crer em Deus e num programa de governo que dê o sustento até o próximo plantio.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

SÃO JOÃO NA ROÇA

São joão é um típica festa junina que ocorre em todo nordeste. Em minhas lembranças ocorre sempre no mês de junho e se comemora a fartura da produção da roça, pois sempre é comemorada com comidas típicas dos produtos nordestinos como, milho cozido, pamonha, mingau, amendoim cozido e torrado, cachaça, licor de frutas, garapa de cana, rolete de cana, churrasco e sarapatel, cangica, paçoca, pipoca, doce de coco, cocada, bolo de milho, bolo de aipim e outras variantes. Alem das musicas cantadas com bandas de forro existem as danças tradicionais e quadrilhas. Lembro da fogueira com presentes pendurados nos galhos os mais variados, onde as crianças ficavam brincando em volta da fogueira esperando a árvore cair. Também tinha o pau de cebo que corresponde a melar um pau de uns 6 metros, colocar dinheiro no topo e enterrar na posição vertical para que os mais habilidosos e destemidos subam em busca do prémio. Lembro que em algumas localidades este prémio era feito com o uso de um porco para quem o pegasse. Nas escolas quando tinha quadrilha existia serviço de correio que eram mensageiras para as paqueras inocentes onde um beijo era um grande prémio.
Atualmente as festas estão modificadas, não tem mais estas inocentes brincadeiras. As festas começam no horário em que as antigas terminavam. Mesmo hoje, as roças já não produzem tanto.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

OVELHA

Estou com ovelhas desde 2005 e o resultado tem sido bom. É a principal atividade na roça a nível de renda. Sempre ficou em primeiro lugar a partir de 2006, mesmo com todos as dificuldades de manter um certo número de animais. Primeiro não sabia nada sobre ovelha. Segundo, foi necessário estar com todas as instalações suficiente para o número de animais que criei. Terceiro, a propriedade precisou de estrutura alimentar compatível com o número de animais. Quarto, o numero de animais só foi viável criado na "meia". Quinto, o resultado é bom mas não deixa ninguém rico.
Toda atividade de roça é viável no sistema de permacultura, principalmente, se tiver uma ajuda da irrigação com poço tubular, no gotejamento. Nem é preciso mexer muito com a terra, basta plantar e preservar os restos culturais encima da terra. A incorporação se dará de forma natural, através dos microrganismos que já existem na terra.
Fazendo uma integração das atividades, na propriedade se produz de tudo, até o adubo. Este nos temos diversificado: galinha, ovelha, vaca. Até dos passarinhos e insetos. De resto, precisamos manter um planejamento e muita observação para aprender com a natureza.
Varias experiências temos aprendido com a observação e muitas vezes contrariamos a lógica das técnicas. Uma delas é criar 100 ovelhas com um carneiro. O recomendável é 30 animais. Pois digo que é pouco. Um carneiro dá conta de mais de 80 ovelhas, principalmente se pretende ter animais produzidos de forma continuada. O carneiro só cruza com a ovelha no cio. Durante o período que criei não nasceu mais de 16 borregos em algum mês. O maior problema que tive, foi ter animais macho em grande quantidade. É preferível separá-los. De resto é só manter um bom manejo e continuar aprendendo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

INÍCIO DA SECA

Esta começando a fase "brava" da seca e vai até meados de outubro, onde possivelmente pode chover. Nosso período de seca é de abril a setembro. Antigamente chovia-se em setembro a "chuva dos umbús", início da primavera, período em que as plantas da caatinga começam a brotar e o verde logo ressurgindo, transforma completamente a paisagem.
No período de seca as folhas começam a cair, as plantas iniciam uma fase de dormência e consomem pouca agua. As plantas ficam cinzentas e todas as folhas caem. Somente as cactáceas, algarobas, juazeiros ficam verdes. O pé de umbú vira um pé de graveto. A cor cinza prevalece. O capim ficam amarelado, meio cinzento. Folhas secas espalham com o vento. Os rios secam, lagoas ficam completamente esturricada. O pouco de caatinga vai sendo queimada nas olarias, cerâmicas e padarias. Pouca coisa se produz. A esperança esta na criação de vaca e ovelhas e um pouco de galinha. É tempo de espera e dormência.

MAMONA II


Uma saca de mamona de 60 kg não produz mais de 28 kg de óleo de mamona. Como o preço da saca está em torno de R$ 52,00 (cinquenta e dois reais), fazendo as contas o custo mínimo do óleo não sai por menos de R$ 1,86 ( um real e oitenta e seis centavos). Como a composição do custo do óleo ainda tem que considerar outros insumos como mão de obra, energia, estocagem, transporte, administração, encargo social, imposto, depreciação da indústria, propaganda, distribuição de lucros para os cooperados, enfim é uma conta complicada que depende do porte da fabrica do biodísel. Na lógica do agonegócio a conta não fecha, como diz o "Japonês". O custo de produção esta muito acima do preço do óleo dísel. Assim a fábrica vai quebrar. Então a lógica é ter produtos que possa estar no mercado com custo compatível. O biodísel ainda não justifica ser produzido a partir desta matéria prima, mesmo porque, este produto possui outras alternativas mais viáveis de ser industrializado.

sábado, 13 de junho de 2009

MAMONA


Em minha roça sempre teve mamona. É uma cultivar que realmente produz alguma coisa quando se planta. A vantagem é que se colhe no segundo semestre. Praticamente o único produto agrícola que produz no sistema de sequeiro que tem produção até meados de outubro. É uma planta resistente a seca, de ciclo anual, podendo produzir por vários anos, apesar de ter sua maior produção no segundo ano. Se planta consorciado com feijão de arranque no espaçamento de 2 m entre plantas e 4 m entre linhas as variedades coti e pernambucana. Nosso agricultor planta consorciado também com milho.
Minha experiência faço uma variação no poli cultivo, consorciado com tudo que possa plantar, utilizando a técnica de plantio direto, sem aração que é uma pratica garantida em nossas áreas.
A parti de 2005 adotei a técnica do poli cultivo e tive as seguintes produções anuais:
  1. Em 2005 em 5 tarefas a produção de 1944 kg vendido por R$ 977,00, preço médio saca 30,15.
  2. Em 2006 em 5 tarefas a produção de 1349 kg vendido por R$ 676,50, preço médio saca 30,09.
  3. Em 2007 em 3 tarefas a produção de 538 kg vendido por R$ 600,00, preço médio saca 66,89.
  4. Em 2008 em 2 tarefas a produção de 982 kg vendido por R$1.154,00 ,preço médio saca 70,49.
Atualmente o preço da saca de 60 Kg esta em torno de R$ 52,00 o que é um preço bom, mas não é o ideal para o agricultor que tem que estar acima de 70,00 reais para cobrir todos os custos de produção e sobrar alguma coisa para o sustento. Uma observação quanto a produção de 2008 e a seguinte: o plantio de mamona está consorciado em um poli cultivo irrigado, onde a principal cultivar e a banana. Esta produção foi praticamente em 180 pés de mamona. Neste ano tivemos uma variedade de 36 produtos agrícolas onde os dez principais foram: ovelha, mamona, ovo, banana maça, frango, banana prata, mamão, pato, cana e mel representando 95% de toda produção.
A mamona é uma cultura que sempre vou plantar pelas razões que citei acima, principalmente no sistema de poli cultivo irrigado, pois, além de produzir mamona que se adapta ao cultivo diversificado é uma garantia de receita certa se for destinado a indústria química que paga o melhor preço. O produto tem um uso mais nobre, podendo produzir mais de 500 subprodutos.
Ainda não vejo como mamona possa ser utilizada na industrialização de biodísel, sem um subsídio para adequar o preço que seria ideal para indústria de biodísel, que não pode pagar um valor acima de R$ 40,00. A diferença de mais ou menos R$ 30,00 não pode ser debitado na conta do agricultor. O Governo não pode incentivar o agricultor a produzir mamona para produção de biodísel nestas condições atuais, apesar da boa intenção, por que, certamente o agricultor pagará a conta do prejuízo.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Responsabilidade no sustentavel

Como ser sustentável com este nível de consumo, com um padrão tão requintado e exigente, com tanto desperdício, produção de lixo e um deficit ambiental, que na maioria das vezes é imperceptível à primeira vista, mas que ao passar dos anos, logo se torna visível a olhos visto. Cresce as áreas desérticas, as propriedades agrícolas precisam de mais adubos químicos para o mesmo nível de produção, cresce o número de animais em extinção, as cidades avançam destruindo as áreas naturais, cresce a população humana no mundo inteiro juntamente com o padrão de consumo.
Não vejo como ter atividades sustentáveis a nível global. Mesmo em casos isolados exige-se muita consciência e determinação, renúncia a um padrão mais requintado ou se paga um preço por esta opção ideológica.
Poderíamos falar em índice de sustentabilidade variando de 0 a 100 para cada tipo de atividade. Dependendo do grau de recuperação que a natureza pudesse atender. Sei que são poucas as atividades que podem ter um nível de recuperação na sua totalidade. E ser acima de 90 % sustentável já é bastante aceitável, mesmo porque não se exige responsabilidade pela não sustentabilidade. Ser sustentável é uma indicação, não uma responsabilidade para toda e qualquer atividade. No futuro deveremos falar em credito de sustentabilidade como se fala em crédito de carbono. É necessário responsabilizar a todos para que o mundo, a cada dia, não fique pequeno.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O trabalho de ser Sustentável

A minha grande questão é responder se é possível ter uma roça sustentável. Este Blog me faz refletir e dividir esta angustia com interessados em entender sustentabilidade na prática. Esta é a intenção. que mesmo errando na maioria das vezes, lembro dos princípios que norteiam a sustentabilidade, e as vezes afirmo que planto princípios. Eles estão em primeiro lugar: não queimar, não usar veneno, não usar adubo químico, não matar os bichos, diversificar, integrar, preservar, conviver com mato, fazer plantio direto, economizar agua, evitar a degradação ambiental, recuperar áreas poluídas ou erodidas, criar animais pequenos...
Já percebi que temos duas obrigações básicas, as únicas que Deus nos deixou, que é impossível negligenciar: plantar e colher. E não são fáceis de cumprir. E o que é mais importante, devemos plantar por obrigação e colher por gratidão. Com estes sentimentos a roça responde mais facilmente. Mesmo assim ainda nos resta muita trabalheira, como vender os produtos, que se não for com preço justo aí é que não tem sustentabilidade que aguente. Normalmente as pessoas não se interessam pela qualidade ou mesmo o histórico dos produtos da roça. Pensam que todos são produzidos da mesma forma. E querem comprar pelo menor preço, não valorizando o trabalho do produtor responsável, que produz para o seu sustento com a melhor qualidade possível. Digo sempre. Quer ajudar o agricultor? Compre seus produtos por um preço justo, assim o agricultor estará estimulado a produzir mais, do contrário, estará fadado a não produzir mais, nem suficiente para o seu sustento.
Todo mundo deveria produzir alimento para ver com é difícil.

domingo, 7 de junho de 2009

CHOCADEIRA NATURAL

- chocadeira
- galo
- galinha choca

















Quando relacionei as atividades que faz parte do meu manejo na criação de galinha, citei a chocadeira natural. N
a verdade não é uma chocadeira como as outras que usam recursos artificiais para substituir a galinha, muito pelo contrario, é a própria galinha com um artificio que faz com que ela não se dê conta da mudança que ocorre no ninho. Para isso utilizo uma caixa de madeira medindo: 30 cm de largura por 30 cm de altura e 40 cm de profundidade, com a frente aberta, possuindo somente uma ripa na parte de baixo para reter a palha ou serragem, onde se coloca os ovos para chocar. Quando vamos colocar uma galinha para chocar, escolhemos os ovos com tamanho regular, os maiores, não os grandões, que podem conter duas gemas. Colocamos em número de 12 ou 13 na caixa, por cima da serragem, Também usamos casca de mamona para evitar pixilinga, Escolhemos uma galinha com o choco bem forte, por volta das 16:00 horas de preferência, pois está próximo do horário que as galinhas dormem, colocamos na caixa, e botamos a boca da caixa virada para a parede, para evitar que a galinha saia. Uma boa galinha se acomoda facilmente. No outro dia bem cedo só precisa virar a caixa e a galinha já estará acostumado como se fosse ali o seu lugar escolhido para fazer o ninho. É preferível que esta caixa seja colocada na maternidade, que é um local onde as outras galinhas não tenham acesso. Deixe comida e água a vontade. A galinha vai se alimentar tranquilamente e retornar para a chocadeira. Normalmente, deito duas galinhas no mesmo dia para ter bastante pintos. As vezes nascem todos. Juntos os pintos das duas galinhas na creche, somente com uma galinha. A creche na verdade e um viveiro com tela de passarinho para evitar predadores. A galinha fica nesta creche por trinta dias mais ou menos, Depois os pintos vão para o piteiro já separado da mãe. Ficam uns trinta dias quando já estão fortinhos, podendo se defender sozinhos. Da fase do pinteiro vão se acostumando com o piquete onde podem pastar na área de capim. É por fim, dando continuidade ao ciclo, permanecem nos piquetes onde vão chegar a fase de galinha, tendo sempre galos fortes, bonitos e donos do terreiro.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

Hoje se comemora mundialmente o dia do meio ambiente para se falar sobre o tema, discutir problemas que estão acontecendo com o ambiente onde o ser humano vive e interfere, causando dificuldades para o planeta e as condições de sobrevivência da espécie humana.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

RESERVA LEGAL

Hoje sei da importância da reserva legal nas propriedades para preservar espécies nativas. Em minha propriedade, acredito que temos uma área próxima a 20% que reservei na propriedade, que está isolada, para não entrar os animais da criação, como é o caso: ovelha e vaca. Não tenho a intenção de deixar nenhum animal entrar nesta área. Caso tenha necessidades, pela falta de alimento, que é normal em nossa região, dou um jeito de adquirir. Estou estruturando a propriedade para ter uma capacidade de campo compatível com o número de animais.
O que vou falar agora é do termo utilizado para uma coisa importante que a área de preservação da propriedade. RESERVA. Como é inoportuna e dasapropiada chamar de reserva algo que não deve ser reservada e sim protegida, preservada para garantir as outras espécies o direito a vida. Reserva Legal talvez foi escolhido numa época que não se devastava tanto. Aqui na região de Irecê-Ba as propriedades que possuem menos de 10 hectares que são 75% das propriedades, nenhuma tem área de reserva legal. Acho difícil ter projetos sustentáveis em áreas tão pequenas. Mas voltando ao assunto RESERVA, devemos fazer uma campanha para mudar este nome para ÁREA DE PRESERVAÇÃO LEGAL que pertence a propriedade, mas que não pode ser usada pelo agricultor, pois sendo reserva como o nome já diz, é para ser utilizado. Ninguém tem uma reserva de dinheiro, de bens, de jogador de futebol que não utilize na necessidade. Área de Preservação Legal deve ser resguardada não só pelas necessidades, mas devido a nossa ignorância. A nossa Catinga foi toda dizimada. Virou carvão. Virou área devastada. Virou cinzas.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Galinhas

Não é possível falar de roça sem lembrar da ave que mais caracteriza a atividade. Roça lembra galinha que lembra permacultura, que lembra natureza, que lembra vida. Para mim é o animal símbolo, tanto de roça, roça, como de permacultura.

É uma ave dócil que desempenha bastante atividades. É tida com o trator natural porque está sempre revirando a terra. Cisca, bica, cata, pinica, revira, produz: ovo, pena, carne, adubo, nitrogénio, pinto que vira frango e franga, que depois vira galinha e bota ovo, num total de 50 por ano. Dependendo do manejo pode chegar a 70.

Galinha come milho, capim, insetos, bichos, cobra, minhoca, resto de comida...
Galinha anda muito. É muito curiosa. Protege a casa de bichos com peçonha.
Quando se cria é impossível não tê-la na roça. Não dá prejuízos financeiros se for contabilizado todos os produtos.

Temos hoje um bom manejo. Aproveitei um galpão que criava galinha de granja para criar galinha caipira. Fiz um cercado em volta com tela, plantamos capim tifton. Mantemos sempre o verde e garantimos a saúde das galinhas. No contacto diário, desenvolvemos uma chocadeira natural, o pinteiro, maternidade, piquete, tira choco e por ultimo a creche. Não temos muita mortandade de pintos. Crio poucas. Fazemos todas as etapas, apesar de ter porte para 1000 aves ano. Temos também pato e cocá (galinha da'ngola) completando o time das aves.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ser sustentavel no desenvolvimento

Uma atividade ou evento para ser sustentável não basta apenas falar que é para que ela se transforme em sustentável. Existem princípios, dimensões e ética. Normalmente os políticos falam em desenvolvimento sustentável como se fosse uma coisa simplista, mera intenção, uma coisa lógica e fácil de se fazer. Não é bem assim. Não basta só querer. É preciso conhecer o conceito mais profundamente e buscar aproximar as ações, focadas nesta possibilidade.

" Em relação à economia da era do aquecimento global, diz-se comumente que é possível efetuar um "desenvolvimento sustentável", mas penso que isso deve ser interpretado obrigatoriamente como hipótese. Ou seja, talvez isso seja possível, mas o futuro deve ser projetado pensando no caso de isso ser de fato impossível. Porque, na realidade, não está sendo muito obedecido o respeito à ética entre gerações. Falando em outra palavra, nós não viemos, até hoje, tomando muitas atitudes pensando realmente nas gerações dos nossos filhos e netos." Masanobu Taniguchi - p 236 - Caminho da Paz pela fé.

Porque não se acredita na possibilidade de um desenvolvimento sustentável. Por que, de fato, é muito difícil conviver com desenvolvimento sem a destruição da natureza. Desenvolvimento é a simplificação das necessidades materiais do ser humano, que está focada em necessidades para o melhor conforto, e isto requer mais consumo, mais necessidades, mais gastos dos recursos naturais como se fossem infinitos. Esta é uma busca dos crescimento material. Ser sustentável ou não é mera coincidência na maioria das vezes.
Não existe responsabilidade sobre a sustentabilidade nas atividades econômicas. Tudo é permitido. Ninguém tem este ónus. Em nome do desenvolvimento, toda destruição é justificada.